17º PRÊMIO TOPRUBBER - MAIORES & MELHORES 2022

Prêmio TOPRUBBER - Maiores & Melhores 2022


Evento de premiação TOPRUBBER - Maiores & Melhores 2022 realizado no dia 12/05 no Centro de Convenções Milenium em São Paulo contou com a participação do presidente do Sindibor e da Abiarb, Marcos Carpeggiani em debate sobre o cenário e perspectivas do setor de artefatos.


O prêmio TOPRUBBER – “Maiores & Melhores" divulga e incentiva o trabalho realizado pelas empresas e profissionais do setor de borracha, recompensando seus esforços através do reconhecimento de seus resultados, sob o ponto de vista da excelência e da inovação, abrangendo aspectos relacionados a produto, matéria prima, tecnologia, distribuição, logística e serviços.

Antes de apresentar os vencedores, a 17ª edição prêmio TORUBBER contou com painel de debate mediado pelo idealizador do evento e publisher Antonio Spalletta, com a participação do presidente da Abiarb e do Sindibor, Marcos Carpeggiani, e do presidente executivo das mesmas entidades, Reynaldo Megna.   

Carpeggiani comentou que as projeções do final de 2021 indicavam reequilíbrio dos estoques e desaceleração na alta de preços a partir do segundo semestre de 2022, com exceção de alguns itens como os semicondutores. No entanto, os efeitos da variante Ômicron impactaram bastante a produção nacional no início do ano, e a desorganização das cadeias de suprimentos iniciada na pandemia foi intensificada com os novos surtos de Covid na China e com a guerra Leste Europeu. 

Destacou também que o setor produtivo nacional precisa repensar a estrutura das cadeias de suprimentos diante do risco de interrupções da produção, muitas vezes por falta de um componente apenas, lembrando que o setor de artefatos de borracha brasileira foi bastante pontual no atendimento da demanda do mercado durante todo período da pandemia e ressaltou que o setor dispõe de uma grande capacidade instalada pronta para expandir a produção e para atender novos projetos, inclusive no que tange a nacionalização de novos itens.

Atendendo a pergunta do mediador sobre outros desafios que permeiam a indústria, destacou a escalada da inflação global que tem impactado os custos de produção de forma substancial destacando os custos com logística e os significativos atrasos dos embarques internacionais. 

Apesar de todos os desafios, Carpegiani observou que a Produção Física Industrial do setor cresceu 18,5% no ano de 2021 em relação a 2020 e 11,9%, no primeiro trimestre deste ano. As importações tiveram aumento de 42 % em 2021, comparado com 2020 as exportações cresceram 28% no mesmo período, segundo dados oficiais.

Megna complementou informando que as exportações de artefatos de borracha produzidos no Brasil têm como destino principal a Argentina (32%) seguido dos Estados Unidos (13%) e Paraguai (7%). Já as importações dos mesmos itens têm como principal origem a China (20%) seguido da Malásia (14%) e Estados Unidos (13%).  

Em relação a situação atual da indústria da borracha pelo mundo, Carpeggiani observou que a Europa é o continente mais afetado no momento. Há escassez principalmente de recursos provenientes da Rússia a exemplo do negro de fumo – 1/3 do consumo europeu vinha da Rússia com um custo de transporte relativamente baixo e rápido, poli-isopreno sintético, butyl e SBR, gás e energia são outros componentes que também afetam diretamente o desempenho e fornecimento da indústria de borracha europeia. Além do problema de escassez de matérias-primas há o problema dos custos elevados para obtenção de fontes alternativas de matérias-primas, custos extras de logística, o custo do gás e o da energia elétrica que mais dobrou de preço. Muitas empresas não têm como negociar os contratos com os grandes clientes e acabam usando suas reservas de capital ou paralisando o fornecimento.

Na América do Norte destacou que o maior problema continua sendo a logística: atrasos constantes nos embarques, custo alto, falta de containers, motoristas e overbookings. Os custos de logística e lead times subiram demasiadamente e tornaram-se um desafio para todos que trabalham na cadeia de fornecimento. 

Dado o cenário atual de muitas incertezas observou que é muito difícil fazer previsões assertivas, contudo, acredita que os riscos atuais serão mitigados a partir de 2023 quando conheceremos cenários mais positivos, com a diminuição dos impactos da Covid-19, realinhamento das cadeias produtivas, redução sobre os preços das commodities e melhoria dos fluxos logísticos. 

Apesar dos problemas estruturais do Brasil, especialmente no que se refere a elevada carga tributária e a insegurança jurídica, Carpegiani destacou que o país pode se beneficiar de forma significativa diante movimento de intensificação da procura de fornecedores locais por todas as cadeias produtivas. 

“Estávamos acostumados, nos últimos 30 anos, com uma hibernação geopolítica. O retorno do risco geopolítico associado às tensões entre as grandes potências trouxe uma série de novos desafios de como montar cadeias globais complexas e eficientes” 

O final do debate foi reservado para falar sobre o esperado encontro do setor na Expobor e PneuShow, durante os dias 22, 23 e 24 de junho deste ano. “Após muitos desafios, perdas inestimáveis, dificuldades e incertezas, finalmente teremos as nossas feiras de volta, e será uma edição muito especial para reestabelecer contatos, fazer negócios, parcerias e lançar novas tecnologias, novas matérias-primas, produtos e soluções para o segmento da borracha.” 

Marcos comentou também que a edição deste ano contará com uma forte agenda de eventos integrados como o tradicional Congresso Brasileiro de Tecnologia da Borracha organizado pela ABTB, muito conteúdo na Arena de Eventos e na unidade Móvel 4.0 do SENAI e agradeceu também o apoio da SLTC – Sociedad Latinamericana de Tecnologia del Caucho e da Revista Borracha Atual, além de todas as demais entidades que apoiam o evento. 

Carpeggiani, encerrou o debate deixando uma mensagem sobre a necessidade de nos acostumarmos com um cenário de constantes mudanças sociais, ambientais, econômicas e tecnológicas. “Os hábitos de consumo estão mudando, em direção a um futuro mais sustentável. O setor de borracha já convive com demandas por produtos renováveis, com baixa geração de CO2 na cadeia, e isso deve ditar as regras futuras de cadeia de fornecimento.”   

Megna reforçou a sugestão para que todos os elos da cadeia da borracha no país busquem o fortalecimento através da comunicação e formulação de proposituras e ações voltadas ao crescimento e defesa do setor, e renovou o convite para que todos procurem e contem com a Abiarb e o Sindibor nesse trabalho de união e fortalecimento do setor. 

Os convidados agradeceram a Revista Borracha Atual e o mediador do debate, Spalletta, pelo convite que na sequência revelou e premiou os vencedores do 17º. Prêmio TOPRUBBER - Maiores & Melhores 2022. Conheça os vencedores:

Categoria

Empresa

Adesivos

Lord

Artefatos de Borracha em Geral

Sampel

Artefatos de Borracha para Automóveis  

Hutchinson

Auxiliares de Processos    

Seriac

Banda de Rodagem

Vipal

Borrachas e Elastômeros

Arlanxeo

Borrachas Termoplásticas

Kraton

Compostos de Borracha

Zanaflex

Desmoldantes

Chem-Trend

Distribuição de Matérias Primas

Fragon

Inovação de Produto

Evonik

Máquinas e Equipamentos

Bonfanti

Negro de Fumo

Cabot

Plastificantes    

QuantiQCaldic

Pneus    

Bridgestone

Silicones

STC Silicones

Instituição de Ensino

IPT

Empresa de Destaque

Auriquímica

Tecnologia

Retilox

Personalidade do Ano    

Jacques Siekierski

 

O SINDIBOR utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.