A eficiência energética acontece quando há a otimização do uso
de qualquer forma de energia, permitindo que empresas e indústrias alcancem
a mesma produção com menos recursos. Para além das plantas fabris, esse
conceito está também em situações mais simples e comuns do dia a dia.
Se há um aparelho eletrônico com um fio desencapado ou um veículo que vaza
combustível, ele está energeticamente ineficiente. Para contornar a
situação e prevenir riscos à segurança, é preciso um reparo, uma
manutenção, um ajuste. Com isso, o eletrônico agora necessita de menos
energia para funcionar, o carro vai rodar mais quilômetros por litro. Menos
energia - elétrica ou fóssil - para realizar uma ação é sinônimo de
eficiência e economia.
Assim como tecnologias que facilitam nossas rotinas, a indústria brasileira
é movida por máquinas e processos submetidos a essas mesmas questões de
eficiência. No entanto, o impacto aqui é maior. Segundo o Anuário
Estatístico da Energia Elétrica, produzido pela Empresa de Pesquisa
Energética, é a indústria que consome cerca de 32% de toda energia
produzida no país.
Conforme um estudo recente da FIESP
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), é a
energia elétrica a despesa que lidera a lista de obstáculos à
competitividade da indústria local, seguida pelos custos com frete,
complexidades da legislação do ICMS e os valores elevados de insumos.
Parceria pela eficiência energética
Para auxiliar o setor borracheiro a alcançar uma maior eficiência
energética para produzir com menos recursos, o SINDIBOR uniu forças com o
PotencializEE. "Esta união é um movimento que visa a redução de custo,
aumento de vantagens competitivas aliado a um propósito maior”, afirma o
presidente da associação, Marcelo Zaidan. A colaboração visa a
implementação de práticas que não apenas reduzam o consumo de energia, mas
também promovam uma indústria mais verde, com maiores vantagens
competitivas e com redução de custos de produção.
O PotencializEE, uma iniciativa que foi lançada no segundo semestre de
2021, já mostra resultados entre as indústrias participantes com uma média
de economia de energia de 34%. "Estamos comprometidos em ajudar o
setor da borracha e outros segmentos a reduzir custos e impactos ambientais
por meio da otimização do uso de energia", destaca Marco Schiewe,
coordenador do PotencializEE. O programa é uma iniciativa conjunta do
Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério de Desenvolvimento, Indústria,
Comércio e Serviços (MDIC), Agência Alemã de Cooperação Internacional
(GIZ), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Desenvolve SP e
demais parceiros.
A sua empresa pode se beneficiar gratuitamente do programa. Para realizar
sua inscrição, clique aqui
Com mais de 1.200 indústrias inscritas até setembro de 2023, o
programa tem como meta mobilizar cerca de R$ 420 milhões em investimentos
até o final de 2025 apenas no estado de São Paulo. Neste horizonte, o
PotencializEE projeta uma economia de 7.267 GWh de energia, superando a
quantidade anual de consumo de energia elétrica do Distrito Federal. O
programa quer estabelecer novos padrões de eficiência em pequenas e médias
indústrias do estado de São Paulo e incentivar outros setores a seguir o
mesmo caminho.
Programa PotencializEE
O programa segue uma estrutura de seis etapas bem delineadas, começando com
a inscrição online, que é gratuita, e culminando na implementação do
projeto, incluindo tecnologias mais avançadas. Este processo inclui um
pré-diagnóstico também gratuito; um diagnóstico detalhado – que tem seu
valor 60% subsidiado pelo Programa PotencializEE –; o apoio para
levantamento de crédito; e, por fim, a implementação do projeto de
eficiência energética. Além disso, o PotencializEE conta com o apoio de
instituições financeiras como o BNDES e o Desenvolve SP e o apoio técnico
fornecido pela GIZ e pelo SENAI para garantir que os investimentos em
eficiência energética alcancem os resultados projetados.
Pequenas e médias indústrias de São Paulo com até 499 funcionários têm a
oportunidade de receber subsídios por meio do Programa PotencializEE para
realizar diagnósticos energéticos. Após essa etapa, as empresas são
apoiadas na implementação das medidas necessárias para reduzir o consumo de
energia. O programa facilita o acesso a financiamentos e linhas de crédito
com requisitos e garantias reduzidos. Um exemplo é o Desenvolve SP, que
pode financiar até 80% dos custos de implementação do projeto de eficiência
energética.
Essa parceria quer estabelecer novas formas de eficiência energética para o
Brasil, unindo esforços e conhecimentos para criar uma indústria mais
inovadora e descarbonizada. Com o PotencializEE, as pequenas e médias
indústrias do estado de São Paulo têm todo o suporte para se posicionar na
liderança da agenda ESG, reduzir custos e ganhar competitividade no
mercado.
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